Conscientes de que existem vidas em risco, temos a urgência em falar de suicídio. Mesmo em se tratando de um assunto que encontra certa resistência, o difícil momento que estamos atravessando nos faz abordar o tema, pois a possibilidade de termos alguém que necessite de ajuda dentro de nosso próprio lar, é real. Há diversas formas de sermos afetados psicologicamente por acontecimentos e até patologias e isso requer atenção aos mínimos sinais, pois os comportamentos suicidas são causados por situações que as pessoas não enxergam saída, que encaram como devastadoras. Exemplos:

  • Dependência de drogas ou álcool;
  • Depressão ou transtorno bipolar;
  • Desemprego ou problemas financeiros;
  • Histórico de negligência ou abuso na infância;
  • Morte de uma pessoa querida;
  • Não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero;
  • Não aceitação do envelhecimento;
  • Suicídio de membro da família;
  • Término de relacionamentos;
  • Trauma emocional.

Setembro Amarelo, é uma campanha mundial que teve início no Brasil, no ano de 2015, e foi lançada inicialmente em Brasília pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A iniciativa tem o objetivo de incentivar a aqueles que tem pensamentos suicida a buscar ajuda, pois segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), aproximadamente, no mundo, 800 mil indivíduos, morrem por suicídio todos os anos. Os números fazem do suicídio a segunda principal causa de morte de jovens com idades entre 15 e 29 anos, e só no Brasil, ao menos, 32 pessoas tiram a própria vida todos os dias.

Diante de dados tão alarmantes, é fato que o suicídio se tornou uma questão de saúde pública, e não está relacionado a nenhuma fraqueza de conduta ou personalidade. Sendo, principalmente, a mais drástica consequência da depressão, esse mal roga por atenção. Aqueles que precisam de atenção e estão sob risco de suicídio:

  • Convívio social conturbado;
  • Desejo súbito de organizar documentos, escrever um testamento;
  • Escrever cartas de despedida;
  • Falar repentinamente sobre morte ou suicídio;
  • Irritabilidade, pessimismo ou apatia;
  • Mudanças nos hábitos alimentares ou de sono;
  • Odiar-se, sentimento de culpa, desvalorizar-se, sentir vergonha por algo;
  • Personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável;
  • Sentimentos de solidão, impotência e desesperança;
  • Ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes com dores, lesões, epilepsia, câncer ou AIDS.

SINTOMAS NA DEPRESSÃO QUE PODEM LEVAR AO SUICÍDIO

E fundamental para um indivíduo deprimido ou angustiado, buscar ajuda o mais rápido possível quando desejo de morte se tornar frequente. Ter um acompanhamento especializado é fundamental, pois a necessidade de tratamento é urgente. Pessoas que pensam em suicídio, geralmente estão tentando fugir de uma situação que lhes parece insuportável, sem solução e na busca por alívio tomam a atitude drástica de pôr fim a tudo. Portanto, fique atento quando os sintomas da depressão for:

  • Perder a vontade de viver;
  • Se acharem um peso para os demais;
  • Sentimento de solidão constante;
  • Sentir culpa por qualquer fato negativo;
  • Sentir vergonha de si mesmo;
  • Sentir-se rejeitado;
  • Sentir-se vítima em tudo.

SINAIS DE ALERTA E COMO AJUDAR NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

https://www.youtube.com/watch?time_continue=11&v=3_Q4QydMjFU&feature=emb_logo

Aqueles que tem pensamentos suicida devem encontrar apoio na família, amigos e colegas. São eles quem geralmente percebem os sinais e devem proceder com as medidas iniciais e urgentes ao socorro necessário. Para tanto, algumas ações são fundamentais:

  • Encontre momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio;
  • Esconder ou dar fim ao que possa ser usado como meio para o suicídio em casos de grande risco (tais como: pesticidas, armas de fogo, facas, medicamentos…);
  • Expor o caso aos familiares e melhores amigos, para que possam auxiliar no amparo;
  • Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo, seja atencioso;
  • Incentive ou acompanhe a pessoa na busca por apoio emocional;
  • Ouvir, demonstrar empatia, ficar calmo e ter respeito pelo sofrimento da pessoa;
  • Procurar entender os sentimentos dela sem diminuir a importância deles;
  • Se perceber que a pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa.

EXPRESSÕES QUE DEMONSTRAM IDÉIAS OU DE INTENÇÕES SUICIDAS
Temos que estar atentos aos comentários como os relacionados a abaixo. Mesmo que pareça óbvio, são sinais que não devem ser ignorados:

“Vou desaparecer.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
“Eu não aguento mais.”
“Eu não posso fazer nada.”
“Eu preferia estar morto.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“Eu sou um perdedor e um peso para os outros.”
“Os outros vão ser mais felizes sem mim.”
“Vou deixar vocês em paz.”

7 FATOS SOBRE SUICÍDIO

https://www.youtube.com/watch?v=4hAJO2t0DBs

Atualmente quem busca ajuda para um parente ou amigo que está com pensamentos suicida pode contar com algumas instituições, profissionais, centros de apoio, entre outros.

  • Centro de Atenção Psicossocial (CAPS),
  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita) – Para chat, Skype e e-mail http://www.cvv.org.br ,
  • Pronto Socorro,
  • SAMU 192,
  • Unidades Básica de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde),
  • UPA 24H,
  • Urgências psiquiátricas.

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