Os ossos dão estrutura ao nosso corpo, atuam na locomoção, sustentação e proteção dos órgãos, e também auxiliam na produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo. Lamentavelmente, nossos ossos, devido a osteoporose, correm o risco de tornarem-se finos, fracos e quebradiços, o que pode acarretar em diversos tipos de fraturas.

A intensidade da fragilidade que a doença pode ser tanta que mesmo uma pequena queda, uma leve tensão ao curvar-se ou até tossir, podem causar uma fratura.

SINTOMAS

Essa doença metabólica sistêmica, não apresenta sintomas nos estágios iniciais, no entanto, sendo progressiva, provoca a diminuição da densidade óssea e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas. Geralmente, quando os ossos estão enfraquecidos pela osteoporose, podem surgir sinais e sintomas que incluem:

  • Dor nas costas, causada por uma vértebra fraturada ou colapsada,
  • Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral,
  • Dor ou sensibilidade óssea,
  • Perda de altura ao longo do tempo,
  • Uma postura curvada ou cifótica.

Os ossos estão em constante estado de renovação. Quando somos jovens, nosso corpo fabrica osso novo mais rápido do que decompõe osso velho, o que faz nossa massa óssea aumentar. Após os 20 anos, esse processo diminui e a maioria das pessoas atinge seu pico de massa óssea aos 30 anos.

FATORES DE RISCO

Os fatores que podem aumentar as chances de desenvolvermos osteoporose são:

  • Algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas;
  • Alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;
  • Baixa exposição à luz solar;
  • Certos tipos de câncer;
  • Consumo de álcool;
  • Deficiência na produção de hormônios;
  • Histórico familiar da doença;
  • Idade;
  • Imobilização e repouso prolongados;
  • Medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
  • Opções de estilo de vida;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo.

RISCOS IMUTÁVEIS

Fatores de risco para osteoporose que estão fora de nosso controle:

  • ESTRUTURA DO CORPO

Homens e mulheres com estrutura corporal pequena tendem a ter um risco maior, pois podem ter menos massa óssea para extrair à medida que envelhecem.

  • HISTÓRIA DE FAMÍLIA

Ter um dos pais ou irmão com osteoporose coloca você em maior risco.

  • IDADE

O envelhecimento também nos deixa com maior risco.

  • PROBLEMAS DE TIREOIDE

O excesso de hormônio tireoidiano também pode causar perda óssea. Isso ocorre se a tireoide estiver hiperativa ou em caso de ingestão de muitos medicamentos com hormônios para tratar uma tireoide sub ativa.

  • RAÇA

Brancos e asiáticos tem maior risco de ter osteoporose.

  • SEU SEXO

As mulheres têm mais probabilidade de desenvolver a doença. Pois, a redução dos níveis de estrogênio na menopausa é um dos fatores de risco mais fortes para o desenvolvimento de osteoporose.

  • TRATAMENTOS MÉDICOS

Tratamentos de câncer reduzem os níveis de testosterona nos homens e os níveis de estrogênio em mulheres, o que pode acelerar a perda óssea. Além do câncer, existem outros problemas de saúde que deixam uma pessoa com grandes riscos que ter osteoporose:

  • Artrite reumatoide,
  • Doença celíaca,
  • Doença inflamatória intestinal,
  • Doença renal ou hepática,
  • Lúpus,
  • Mieloma múltiplo.

ASPECTOS DIETÉTICOS

A doença é mais provável de ocorrer em pessoas com:

  • BAIXA INGESTÃO DE CÁLCIO

A deficiência de cálcio ao longo da vida é um fator extremamente agravante no desenvolvimento da osteoporose, pois contribui para a diminuição da densidade óssea.

  • CIRURGIA GASTROINTESTINAL

A redução do tamanho do estômago ou remoção de parte do intestino limita a quantidade de área de absorção de nutrientes, incluindo cálcio.

  • CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL

O consumo regular de bebidas alcoólicas também aumenta o risco.

  • DISTÚRBIOS ALIMENTARES

Restrição severa na ingestão de alimentos e estar abaixo do peso acarreta no enfraquecimento dos ossos.

  • ESTEROIDES E OUTROS MEDICAMENTOS

O uso prolongado de corticosteroides orais ou injetáveis, interfere no processo de reconstrução óssea. A osteoporose também foi associada a medicamentos usados ​​para combater ou prevenir:

  1. Câncer,
  2. Convulsões,
  3. Refluxo gástrico,
  4. Rejeição de transplante.
  • SEDENTARISMO

Pessoas que passam muito tempo sentadas correm maior risco de osteoporose do que aquelas que são mais ativas, as atividades físicas são muito benéficas para manter o equilíbrio orgânico.

PREVENÇÃO

A boa nutrição e exercícios regulares são essenciais para manter os ossos saudáveis. Além disso, temos algumas dicas para auxiliar nessa prevenção.  

  • CÁLCIO

Entre os 18 e 50 anos precisamos de 1.000 miligramas de cálcio por dia, e após os 50 anos para mulheres e 70 para homens, essa quantidade diária aumenta para 1.200 miligramas. Boas fontes de cálcio incluem:

  1. Cereais fortificados com cálcio,
  2. Suco de laranja,
  3. Produtos de soja,
  4. Salmão enlatado ou sardinha com espinhas,
  5. Vegetais com folhas verdes escuras.
  • EXERCÍCIO

Exercícios auxiliam a construir ossos fortes e diminuir a perda óssea. Portanto, a atividade física beneficia os ossos e, quanto mais jovem começar, as probabilidades de ter osteoporose diminuem. Apesar de nunca ser tarde para dar início a algo de extrema importância para a saúde. É aconselhável verificar com o médico ou personal quais os melhores exercícios para o fortalecimento ósseo mais indicado para cada faixa etária.

  • PROTEÍNA

A maioria das pessoas obtém muita proteína em suas dietas, enquanto outras não. Fontes como soja, nozes, legumes, sementes para veganos e vegetarianos, e laticínios e ovos para vegetarianos.

  • PESO CORPORAL

Estar abaixo do peso aumenta a chance de perda óssea e fraturas. Sabe-se agora que o excesso de peso aumenta o risco de fraturas no braço e no pulso. Assim, manter um peso corporal adequado é bom para os ossos, assim como para a saúde em geral.

  • VITAMINA D

A vitamina D melhora a capacidade do corpo de absorver cálcio, favorecendo a saúde óssea. É certo que podemos obter um pouco da vitamina D da luz solar, no entanto, adultos devem ingerir 600 UI/dia de vitamina D, e após os 70 anos é aconselhável 800 UI/dia por meio de alimentos e suplementos. O limite superior tolerável é de 4.000 UI/dia, pois acima desse nível o risco de efeitos tóxicos aumenta.

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