Não há como negar o evidente fato de que algumas doenças afetam mais as mulheres do que os homens, e saber sobre essas peculiaridades pode fazer a grande diferença quanto a prevenção, tratamento e cura. Portanto, como nosso foco é a preservação da saúde e o bem-estar, abaixo segue algumas doenças que podem ser evitadas ou ter seus sintomas significativamente reduzidos.
ALZHEIMER
Essa é, infelizmente, mais uma doença que as mulheres estão mais propensas a ter. O risco de elas desenvolver a doença aos 65 anos é de 1 em 6, dentro de uma estimativa de 2 a 4% da população geral. É fato que o envelhecimento é um dos principais fatores de risco para a doença de Alzheimer, no entanto, também parecem desempenhar um papel na ocorrência dessa doença neurodegenerativa: fatores genéticos, ambientais ou cardiovasculares, como diabetes ou hipertensão.
ANEMIA
Os sinais típicos da anemia são palidez, diminuição do desempenho, baixa concentração e maior suscetibilidade a doenças. O período menstrual é o que contribui no fato da mulher ser afetada com mais frequência pela baixa de hemoglobina, e assim ter à diminuição da capacidade de transporte de oxigênio no sangue. A anemia também pode ter causas mais graves, que devem ser esclarecidas por um médico, o que faz necessária uma consulta ao Clínico Geral.
ANSIEDADE E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Estudos americanos mostram que a mulher é duas vezes mais afetada que o homem por transtornos depressivos e de ansiedade, além disso, afirmam que uma em cada cinco mulheres experimentará um episódio depressivo durante a vida.
ASMA
Quando na infância, a asma afeta 10% dos meninos de 5 a 10 anos em comparação com 6% das meninas da mesma idade. Contudo, essa tendência se inverte durante a vida adulta, pois a asma não alérgica é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Segundo especialistas, as oscilações e variações hormonais, durante a puberdade, períodos pré-menstruais, gravidez ou menopausa, aumentam o risco de inflamação dos brônquios, e assim, desencadeiam ou pioram a asma nas mulheres.
BEXIGA NEUROGÊNICA
Uma em cada três mulheres sofre de problemas urinários. A razão para isso é que o assoalho pélvico feminino é mais flexível e permeável para o parto. Trazer a criança ao mundo enfraquece ainda mais o assoalho pélvico. O principal sintoma da bexiga neurogênica é a incontinência urinária, a necessidade de urinar frequentemente, mesmo durante a noite.
As pessoas com bexiga neurogênica correm risco de infecções e cálculos no trato urinário, também pode desenvolver hidronefrose (retorno da urina para os rins), além de sofrer com espasmos e fraqueza nas pernas. Felizmente esses problemas podem ser tratados, por meio de treinamento do assoalho pélvico, administração de estrogênio, cirurgia… O diagnóstico e tratamento ficam a critério do Urologista ou até mesmo Ginecologista, especialistas que devem ser consultados nos primeiros sintomas.
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Não há dúvidas que as mulheres são as mais afetadas por transtornos alimentares. A anorexia nervosa, caracterizada por restrições alimentares ou recusa em comer, afeta aproximadamente nove mulheres para um homem. A doença ocorre principalmente na adolescência, entre 13 e 17 anos. Além disso, as pessoas com anorexia também são bastante propensas a comportamentos bulímicos, nos quais o doente costuma comer grandes quantidades de alimentos e, “movido” por um sentimento de culpa ou comportamento compensatório, estimula o vômito. Em se tratando de bulimia, a doença afeta em média seis meninas para cada menino.
LÚPUS
Lúpus eritematoso sistêmico, que afeta predominantemente mulheres, é uma doença autoimune, ou seja, resulta de uma disfunção da defesa imunológica. Essa doença é caracterizada por lesões e inflamações recorrentes na pele do rosto, dores nas articulações, fadiga intensa, febre… Além disso, a doença também pode afetar órgãos, como os rins, coração ou cérebro.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, no Brasil, o lúpus eritematoso sistêmico (LES), afeta 1 a cada 1.700 mulheres, principalmente aquelas que estão em idade fértil, a fase em que a produção de hormônios, responsável por desenvolver os anticorpos, é mais alta,
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
As doenças cardiovasculares como, enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, matam mais mulheres do que homens. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia.
Especialistas afirmam que quase metade das mulheres com menos de 60 anos que sofreram um enfarte do miocárdio não teriam passado pela dolorosa experiência se tivessem atentado para sinais como: sensação de cansaço, falta de ar ao menor esforço, náuseas… Para evitar o pior, o Cardiologista deve ser consultado ao primeiro sinal que algo de errado pode estar ocorrendo.
DOENÇAS RELACIONADAS AO ÁLCOOL
Sim, as mulheres são mais vulneráveis do que os homens ao álcool, e alguns fatores contribuem para isso: a massa muscular, estrutura corporal, metabolismo… Sendo assim, para a mesma quantidade de álcool ingerida, o nível de álcool no sangue será maior nas mulheres do que nos homens, tornando-as suscetíveis a doenças como dependência de álcool, cirrose hepática, etc.
O risco da mulher desenvolver doença hepática alcoólica torna-se significativo a partir de 30g de álcool por dia, ou três drinques. Enquanto no homem, são 50g de álcool por dia, ou cinco drinques. Os médicos alertam para os riscos associados ao consumo abusivo de álcool, em particular nas mulheres para as quais os danos aparecem mais cedo e para as quais o risco de dependência é acentuado.
ENXAQUECA
Quase 12% dos adultos sofrem de enxaquecas, e no Brasil isso corresponde a aproximadamente 30 milhões de pessoas. As mulheres são 3 a 4 vezes mais afetadas, cerca de 15 e 18%, enquanto os homens representam a 6%.
Os gatilhos mais comuns para as enxaquecas são: alterações emocionais, mudanças no ritmo de vida, dieta, fatores sensoriais (ruídos, cheiros e etc.). No entanto, no caso das mulheres, também existem os fatores hormonais que se revelam como um dos principais gatilhos, provocando as chamadas enxaquecas menstruais ou catameniais, que ocorrem no final do ciclo, quando certas secreções hormonais diminuem.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
As lesões nos nervos associadas a essa doença causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Essa doença, lamentavelmente, está associada à paralisia, além disso, os sintomas como perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora, contribuí para o processo difícil. Porém, a gravidade e duração dos sintomas mudam de pessoa para pessoa, como também, há casos em que o doente não apresenta os sintomas por quase toda a vida, enquanto outros têm sintomas crônicos graves que nunca desaparecem.
FIBROMIALGIA
A doença geralmente aparece entre os 30 e 60 anos. No entanto, a fibromialgia também pode afetar pessoas mais velhas e também a crianças e adolescentes. Entre os sintomas mais comuns estão: dores no corpo durante longos períodos, fadiga crônica, dor de cabeça, depressão, ansiedade, distúrbios do sono, e também sensibilidade nas articulações, músculos e tendões. Ainda não se sabe a razão por que as mulheres são mais afetadas pela doença, mas de 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.
HIPERTIREOIDISMO
O hipotireoidismo e o hipertireoidismo são mais graves nas mulheres do que nos homens. Esta doença autoimune está ligada a um desequilíbrio neuro-hormonal, razão pela qual o hipertireoidismo afeta 7 vezes mais mulheres que os homens.
INFECÇÃO URINÁRIA
As mulheres também tendem a ter mais infecção urinária, e o fato está ligado ao tamanho da uretra feminina. A uretra pequena é o fator que contribuí para o alastramento de bactérias por toda a bexiga, causando infecções recorrentes. Muitas vezes o problema se origina das impurezas do próprio intestino, já que o ânus e a vagina são órgãos bem próximos um do outro.
Dentre as mulheres com maior tendência a contraírem a infecção destacam-se as grávidas, as sexualmente ativas e as que estão na menopausa.
OSTEOPOROSE
Esse distúrbio esquelético que enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas, está relacionada à idade e é 2 a 3 vezes mais frequente em mulheres. A osteoporose afeta 39% das mulheres com cerca de 65 anos e 70% das mulheres com 80 anos, e isso se deve a menopausa e alterações hormonais, em particular a queda dos níveis de estrogênio que participam da remodelação óssea. O corpo absorve e substitui o tecido ósseo constantemente. Na osteoporose, a nova criação óssea não acompanha a remoção da camada óssea anterior. O Endocrinologista é um dos especialistas que pode auxiliar na prevenção e tratamento da doença.
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A IMPORTÂNCIA DA ROTINA AO GINECOLOGISTA